Uma garotinha veio até mim, um detetive particular, e me pediu para encontrar uma família para ela — História do dia

Eu nunca gostei de crianças. Elas eram barulhentas, bagunceiras — problema. Então, quando uma menina de oito anos entrou no meu escritório e me pediu para encontrar uma família para ela, eu quase ri. Eu não estava no ramo de finais felizes. Mas, de alguma forma, contra toda a lógica, eu a deixei ficar. E isso mudou tudo.

Eu estava sentado no meu escritório, folheando arquivos de casos antigos, tentando decidir o que poderia ser descartado.

Apenas para fins ilustrativos. | Fonte: Midjourney

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Minha mesa estava enterrada sob pilhas de cadernos, alguns tão gastos que a tinta estava começando a desbotar.

Quando você trabalha como detetive particular, o papel se acumula rápido. A maioria das pessoas hoje em dia prefere laptops, mas eu fico com caneta e papel. Parece mais confiável. Menos chance de alguém hackear um notebook.

Quando peguei outro arquivo, ouvi a maçaneta girar. Eu congelei. Lindsay sempre batia antes de entrar. Era outra pessoa. Meus músculos ficaram tensos.

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A porta rangeu ao abrir, mas ninguém entrou. Então olhei para baixo. Uma garotinha estava ali, não mais velha que oito anos. Franzi a testa. Eu não gostava de crianças. Elas eram imprevisíveis, barulhentas — problema.

Parecia que ela não escovava o cabelo há dias. Suas roupas estavam amassadas, grandes demais para seu pequeno corpo. Ainda assim, ela marchou até minha mesa, subiu na cadeira e olhou fixamente.

Ugh. Por que as crianças são tão assustadoras?

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“Como posso ajudar?”, perguntei, recostando-me na cadeira. Mantive a voz calma, mas algo naquela criança me deixou desconfortável. Ela estava sentada muito quieta. Muito calma.

“Estou feliz que você tenha perguntado”, ela disse. Sua voz era clara, firme. “Meu nome é Maya. Quero que você encontre uma família para mim.”

Eu a encarei. “Você se perdeu? Vá até a polícia. Deixe que eles cuidem disso.”

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Ela balançou a cabeça. “Não, você não entende. Preciso que você me encontre uma família.”

Franzi o cenho. Qual era o nome dela mesmo? Mary? Molly?

“Eu ainda não entendi, Molly—”

“Maya,” ela corrigiu. “Eu sou órfã, e quero que você me encontre uma família.”

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Eu ri. Ele escapou antes que eu pudesse impedir. Eu já tinha pegado alguns casos estranhos antes, mas esse? Esse era novo.

“Eu não sou um serviço de assistência à criança. Deixe que eles cuidem disso”, eu disse.

“Tenho quase oito anos”, disse Maya. “Logo, estarei velha demais. Ninguém adota crianças da minha idade.”

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“Isso não é problema meu”, eu disse. “Além disso, você nem consegue me pagar.”

Maya enfiou a mão no bolso, tirou algo e colocou na minha mesa. Um pequeno e gasto medalhão.

Peguei-o, virei-o na minha mão. O metal estava opaco, arranhado.

“Isso é só joia barata”, eu disse. “Não vale nada.”

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“É tudo o que tenho”, disse Maya. Sua voz estava baixa agora.

Suspirei. “Já chega. Vamos.”

“Onde?” ela perguntou.

“Vou levar você de volta para onde você veio”, eu disse.

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“Não!” Maya gritou, se virando para correr. Eu agarrei seu braço antes que ela pudesse escapar.

“Nunca mais deixe crianças entrarem no meu escritório”, eu disse a Lindsay quando passei.

“Mas ela era tão fofa!” Lindsay gritou atrás de mim.

Depois de uma hora de discussão, Maya finalmente me levou até a casa onde ela morava com sua família adotiva.

Apenas para fins ilustrativos. | Fonte: Midjourney

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Quando chegamos, parei no meio do caminho. A casa parecia degradada. A tinta descascada das paredes, o quintal não era nada além de terra, e os brinquedos estavam espalhados por todo lugar.

Pelo menos dez crianças corriam ao redor, gritando e perseguindo umas às outras. Uma mulher estava na varanda, com as mãos na cintura, gritando para elas se acalmarem. Ninguém ouviu.

“São todos filhos do vizinho?” perguntei.

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Maya balançou a cabeça. “Não. Todos eles vivem aqui. Os pais adotivos são pagos por cada um.”

Olhei para a casa, depois para a mulher, depois de volta para Maya. “Quantas crianças moram aqui?”

Ela deu de ombros. “Muito. Mais de dez.”

Suspirei, esfregando a nuca. “Me dê o medalhão.”

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“Por quê?” ela perguntou, inclinando a cabeça.

“Porque eu não trabalho de graça.”

Maya sorriu e colocou o medalhão na minha mão. Virei-o, estudando a superfície arranhada. Inútil.

“Você tem família?”, perguntei.

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“Meus pais morreram quando eu tinha dois anos.”

“Mais alguém?”

Ela hesitou. “Eu tenho um tio. Ele está no Canadá.”

“Ele já nos visitou?”

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“Não, mas ele manda presentes no meu aniversário e no Natal.”

Eu assenti. “Certo. Aqui está o plano. Vamos dizer àquela mulher que sou seu tio. Você ficará comigo por alguns dias. Entendeu?”

Os olhos de Maya brilharam. “Sério?”

“Sim. Mas só por alguns dias.”

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Ela assentiu rapidamente.

Nós andamos até a mulher. Eu dei a ela minha melhor cara séria e disse que eu era o tio perdido de Maya.

Ela mal escutou. Apenas acenou com a mão, me disse para trazer Maya de volta na semana que vem e voltou a gritar com as outras crianças.

Isso foi fácil. Fácil demais.

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Eu trouxe Maya para casa. Assim que entramos, apontei para ela. “Não toque em nada.”

Ela olhou ao redor. “Lugar legal.”

“Não fique confortável.”

Maya sorriu. “Então, qual é o plano?”

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“Vou procurar famílias que queiram adotar, faço uma lista e as conheceremos uma por uma. Qualquer uma que você goste, essa é sua família.”

“Por que não fazem isso para todos os órfãos?”

“Vocês são muitos.”

Maya franziu a testa. Seus ombros caíram.

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“Desculpe,” eu murmurei. “Eu não sou bom com crianças.”

Ela ignorou isso e apontou para uma foto emoldurada na prateleira. “Quem é esse?”

“Minha esposa.”

“Onde ela está agora?”

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“Ela faleceu.” Hesitei. “Câncer.”

Maya me estudou. “É por isso que você não gosta de crianças? Porque você não podia ter nenhuma?”

Fiquei tensa. “Nós não queríamos filhos.” Olhei para a foto. “Eu viajo muito. Melissa também viajava. Ela era jornalista. Crianças não se encaixavam nesse tipo de vida.” Maya inclinou a cabeça. Eu franzi a testa. “Quem é você? Ninguém nunca me fez dizer isso antes.”

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Ela apenas riu.

Naquela noite, sentei-me à minha mesa e analisei perfis de famílias que pretendiam adotar.

Alguns pareciam decentes, outros nem tanto. Escolhi alguns que pareciam promissores.

O plano era simples: conhecê-los, ver se Maya gostava deles e, se gostasse, pronto.

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Mas as coisas não saíram como planejado. A vida com uma criança mudou tudo. Acordei mais cedo para fazer o café da manhã dela.

Panquecas, ovos, cereais — qualquer coisa que eu pudesse preparar. Eu tinha que garantir que ela almoçasse e jantasse também.

Comprei algumas roupas para ela, alguns livros. Levei-a para passear. Respondi a um milhão de perguntas.

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Todos os dias, conhecíamos uma família diferente. Mas Maya não gostava de nenhuma delas. Eu não podia culpá-la.

Alguns eram frios, alguns excessivamente doces. Alguns mal olhavam para ela. Outros pareciam desesperados. Nenhum parecia certo.

Outra coisa aconteceu, no entanto. Eu me acostumei com ela. Eu gostava de tê-la por perto. E eu não tinha certeza se queria deixá-la ir.

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Naquela noite, li para ela. Eu tinha que falar com ela.

“Escute, e se a família não estiver… completa?” perguntei, fechando o livro.

Maya piscou. “O que você quer dizer?”

Eu hesitei. “E se for apenas um pai?”

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Ela inclinou a cabeça. “Depende. Como ele é?”

Limpei a garganta. “Talvez… alguém como eu?”

Maya sorriu. “Então seria ótimo, Detetive.”

Ela nunca me chamou de Ron. Sempre de “Detetive”.

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Eu sorri. Ela tinha me descoberto. Como sempre.

Naquela noite, enquanto Maya dormia, sentei-me à minha mesa, perdido em pensamentos. Eu já tinha decidido — eu faria deste um dia especial para ela.

Balões, bolo, talvez até um pequeno presente. Ela merecia isso. Uma celebração de verdade. Mas algo continuava me puxando.

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Eu era realmente a melhor escolha para ela? Eu viajava a trabalho. Eu morava sozinho. Ela precisava de estabilidade, um lar com dois pais. Pessoas que pudessem dar a ela mais do que eu jamais poderia.

Suspirei e voltei para o meu computador. Procurei novamente, esperando ter perdido alguma coisa. Então vi os nomes deles.

Mike e Nancy.

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Meu peito apertou. Melissa e eu tínhamos sido próximos deles uma vez, mas depois que ela faleceu, eu me afastei. Agora, eles estavam querendo adotar.

Eles seriam bons para ela. Melhores do que eu.

Exalei lentamente, peguei meu telefone e disquei o número de Mike.

“Ei”, eu disse quando Mike atendeu. Minha voz estava pesada. “Sei que não conversamos há um tempo, mas…”

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Mike ficou quieto por um segundo. Então, “Ron? Já faz anos.”

“Eu sei”, eu disse. “Eu deveria ter ligado antes.” Eu hesitei. “Escuta, tem uma criança. O nome dela é Maya. Ela precisa de uma família.”

Mike não perdeu o ritmo. “Conte-me tudo.”

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Naquela noite, não dormi. Arrumei os livros dela, os brinquedos dela, até o ursinho de pelúcia que ela fingiu não gostar. Verifiquei o medalhão dela. Ainda no meu bolso.

A manhã chegou rápido demais. Acordei ela. Tomamos café da manhã em silêncio. Então entramos no carro.

“Para onde estamos indo, detetive?” ela perguntou, esfregando os olhos.

Eu agarrei o volante. “Para sua família.”

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Maya sentou-se. “O quê?!”

“Alguns amigos meus, Mike e Nancy. Eles são ótimas pessoas. Eles estavam esperando por você.”

Ela olhou para mim. Seus olhos se encheram de lágrimas. “Mas eu pensei que você fosse me adotar!”

Engoli em seco. “Eles serão uma família melhor para você do que eu posso ser.”

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O rosto de Maya se enrugou. “Mas eu quero que você seja meu pai!”

Forcei minha voz a ficar firme. “Eu vou visitar. Nós nos veremos. Confie em mim, você vai amar Mike e Nancy. E eles vão amar você.”

Nós paramos. Mike e Nancy estavam do lado de fora, esperando.

“Chegamos”, eu disse.

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Maya não esperou. Ela saiu correndo do carro. Ouvi Nancy suspirar, sua voz embargada enquanto cumprimentava Maya.

Mike se virou para mim. “Obrigado.” Ele me abraçou. Nancy o seguiu.

“Você ainda tem uma montanha de papelada pela frente”, murmurei.

“Custe o que custar”, disse Nancy. “Temos uma filha agora.” Ela acariciou o cabelo de Maya.

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Respirei fundo. “Maya, que tal um abraço de despedida?”

Ela olhou para mim, lágrimas escorrendo. “Não! Eu te odeio!” Ela correu atrás de Nancy.

Cerrei o maxilar. Assenti. Então entrei no carro e fui embora.

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Agarrei o volante, meus dedos brancos. Meu peito doía. Eu queria me virar, levá-la de volta, dizer a ela que tinha cometido um erro. Mas não fiz isso. Ela ficaria melhor. Um dia, ela veria isso também.

Coloquei a mão no bolso e tirei o medalhão. Virei-o na palma da mão, sentindo suas bordas gastas.

Não muito tempo atrás, era tudo o que ela tinha. E ela me deu — para encontrar uma família para ela.

Apenas para fins ilustrativos. | Fonte: Midjourney

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Este artigo é inspirado em histórias da vida cotidiana de nossos leitores e escrito por um escritor profissional. Qualquer semelhança com nomes ou locais reais é mera coincidência. Todas as imagens são apenas para fins ilustrativos.

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